quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ministério alerta para epidemia de dengue em 2009

Um relatório apresentado pelo Ministério da Saúde aponta que pelo menos 16 Estados e o Distrito Federal têm alto risco de desenvolver epidemia de dengue em 2009. De acordo com o estudo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima, além do Distrito Federal, apresentam o risco. O Ministério afirmou que está notificando os Estados ameaçados.O estudo aponta que os programas de prevenção e combate à doença diminuem nos anos em que há eleições para prefeito. Como isso ocorrerá em 2008, a divulgação do Levantamento de Índices Rápidos (Lira), um mapeamento de regiões com potencial para ter surtos de dengue, que sempre sai em outubro, foi antecipado.Segundo o relatório, os Estados com baixo risco de desenvolver surtos são: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Paraná. Foram classificados como áreas de risco médio: Rondônia, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.Mesmo sendo o Estado com a menor incidência de mosquitos Aedes aegypti, transmissores do vírus da dengue, Santa Catarina corre "alto risco de um surto no próximo verão". Um dos fatores para isso, de acordo com o ministério, é que a população é uma das mais suscetíveis a todos os tipos de vírus da doença, justamente por ter tido muito pouco ou nenhum contato com eles.O Ministério confirmou que o município de Araraquara, em São Paulo, vive a primeira epidemia de dengue no Estado. A Vigilância epidemiológica confirmou nesta quinta-feira, mais 33 casos, subindo dos 589 para 622, em uma população com pouco mais de 195 mil habitantes.

Melhores machos têm menos filhos

Agência FAPESP – Machos com maior qualidade genética não se dão tão bem na hora de ter filhos. Diferentemente do que se imaginava, são aqueles geneticamente menos favorecidos que acabam vencendo a corrida pela fecundação. A conclusão está em um estudo publicado na edição desta sexta-feira (26/6) da revista Science, feito por cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Na maioria dos animais, as fêmeas procuram cruzar com vários machos em um mesmo período, ainda que uma simples relação possa ser suficiente para fertilizar seus ovos. As fêmeas fazem isso apesar de a poliandria implicar um custo maior, como o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Estimava-se que esse comportamento se daria porque, dessa forma, as fêmeas poderiam escolher entre vários parceiros aquele que tivesse os espermatozóides com melhor qualidade genética. No novo estudo, o sueco Göran Arnqvist e colegas testaram essa teoria com besouros minúsculos da espécie Callosobruchus maculatus (o popular caruncho-do-feijão) e verificaram que ela não se confirmou. As crias tinham também menor qualidade genética. Os cientistas observaram que os machos com maior taxa de paternidade eram justamente aqueles geneticamente mais desfavorecidos. “Os resultados apontam que os genes que são bons para os machos podem frequentemente ser ruins para suas parceiras. Em besouros, pelo menos, a poliandria não recompensa as fêmeas com benefícios genéticos”, disse Arnqvist. Segundo o estudo, a explicação para a escolha por parte das fêmeas pode ser por conta de um conflito entre alelos “sexualmente antagônicos”, que são benéficos para um sexo mas maléficos para o outro.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ANIMAIS EM EXTINÇÃO

Desmatamento e extinção de espéciesDesmatar leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. A Ciência identificou até hoje cerca de 1,4 milhões de espécies biológicas. Desconfia-se que devam existir mais de 30 milhões, ainda por identificar, a maior parte delas em regiões como as florestas tropicais úmidas. Calcula-se que desaparecem 100 espécies, a cada dia, por causa do desmatamento!O crescimento das populações humanas aumenta terrivelmente a gravidade dos problemas que a Terra já enfrenta. Eis alguns deles:


Brasil tem 130 espécies animais ameaçadas de extinção
O Brasil tem hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), um total de 130 espécies e subespécies ameaçadas de extinção. Destas, 96 são insetos, como abelhas, besouros, formigas, borboletas, libélulas, mariposas, e as 34 restantes são outros invertebrados terrestres, como aranhas, opiliões, pseudoescorpiões, gongolos, caracóis, minhocas, entre outros.
Esses animais se encontram distribuídos por diversos Estados, como São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, Pará e Paraíba, Mato Grosso do Sul e Amazonas, Acre, Rondônia, Ceará e Alagoas.
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A situação mais grave dentre todos os animais citados é a de quatro espécies que já entraram na lista do Ibama como extintas: a formiga Simopelta minima , que vivia na Bahia, a libélula Acanthagrion taxaense , do Rio de Janeiro, e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus (conhecida como minhoca branca) e Rhinodrilus fafner (minhocuçu ou minhoca gigante), que viviam em Minas Gerais.
A mais recente lista de animais ameaçados divulgada pelo Ibama (2003 e 2004) reúne ao todo 632 espécies/ subespécies dentre animais terrestres e aquáticos. Em 2006, o IBGE já havia lançado o mapa das aves ameaçadas; em 2007, divulgou o mapa de mamíferos, anfíbios e répteis; e ainda neste ano de 2008 deve publicar o último mapa da série, com informações sobre peixes e invertebrados aquáticos.
Segundo dados do Ibama, o conjunto de espécies de fauna e flora brasileiras vem sendo destruído gradativamente o que, ainda segundo o órgão, afeta, inclusive, na economia do País. Os principais motivos para essa destruição seriam a caça predatória, a poluição e a perseguição a espécies raras, de alto valor comercial.
Os estudos sobre a fauna sob risco de extinção vêm sendo realizados pelo IBGE desde o fim dos anos 1980, fundamentalmente com base nas listas do Ibama e complementados por informações levantadas em diferentes instituições de pesquisas e na literatura especializada.
Esses estudos produzem informações que são armazenadas no banco de dados dos cadastros de fauna.
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provocar o desaparecimento de cidades


Vindas das mais variadas fontes, as notícias sobre o futuro da humanidade não são nada boas. Não há mais volta: mesmo que mudemos radicalmente nossa forma de relação com o planeta a partir de hoje, o prejuízo causado por nossas ações predatórias já atingiu um nível tamanho que o derretimento das geleiras deve provocar o desaparecimento de todas as cidades ao nível do mar no máximo até o final deste século. Essa triste previsão está num artigo publicado há pouco mais de um mês pelo cientista britânico James Lovelock, autor da famosa Teoria de Gaia (segundo a qual a Terra assemelha-se a um organismo vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções). Ainda segundo Lovelock, a elevação da temperatura em até 8ºC nas regiões temperadas e 5ºC nos trópicos vai provocar também, antes de 2100, impactos desastrosos no equilíbrio ecológico, como a extinção maciça de espécies vegetais e animais e o desaparecimento de vastas áreas selvagens como a Floresta Amazônica, decretando o fim da maior parte da vida na Terra, com a morte de milhões, talvez bilhões de pessoas. Na opinião do cientista, governos sérios e responsáveis deveriam começar a desenvolver cartilhas com orientações aos sobreviventes sobre como lidar com as difíceis condições de vida neste futuro sombrio.A reação do mundo a um alerta como esse, vindo de um dos mais reconhecidos cientistas do nosso tempo, deveria ser de comoção popular. Deveríamos parar tudo e começar a centrar nossos esforços em formas de ao menos minimizar os tenebrosos efeitos anunciados. Mas nada disso aconteceu e tudo segue normalmente como se essa fosse apenas mais uma notícia trivial e corriqueira. Um jornal publica o artigo, outro dá uma nota curta e seca e assim vamos tocando nossas vidas normalmente. Essa atitude seria compreensível se a visão de Lovelock fosse apenas uma no meio de outras conflitantes. Poderíamos confortavelmente acusá-lo de louco, exagerado, catastrófico. Mas não é o caso. Já não são levadas a sério as cada vez mais raras correntes científicas que colocam em dúvida o fato de que a Terra sofre um processo de aquecimento acelerado, dificilmente reversível. Segundo o Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa, 2005 foi o ano mais quente desde o início dos registros climáticos modernos, em 1890. E, pior, de acordo com o instituto, todos os cinco anos mais quentes durante este período ocorreram na última década, mostrando clara tendência de aquecimento global. Um representante do órgão declarou à imprensa que, usando medições indiretas que vão a um passado ainda mais remoto, o ano passado foi provavelmente o mais quente dos últimos milhares de anos. Mais uma notícia que lemos e viramos a página, sem dar muita atenção. Mais: um aumento de 3ºC na temperatura média da Groelândia duplicou a quantidade de água que suas geleiras vêm derramando no Oceano Atlântico, segundo recentes pesquisas do Laboratório de Propulsão a Jato e do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Há registros de diminuição das geleiras no Himalaia, nos Andes, no Monte Kilimanjaro, e a única estação de esqui da Bolívia, Chacaltaya, fechou porque sua neve está acabando. Acha pouco? A lista é longa, o espaço de um artigo é limitado. O diretor da Pesquisa Antártica do Reino Unido, Chris Rapley, disse, em janeiro passado, durante reunião da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, que algumas partes da camada de gelo da Antártida começaram a derreter em um ritmo assustadoramente intenso e anormal. Rapley afirmou que, há apenas cinco anos, a Antártida era considerada como um gigante adormecido em termos de mudança climática. "O gigante despertou e é melhor que se preste atenção nele", disse o cientista. Ninguém parece muito preocupado. A humanidade finge não ver o que está acontecendo.Enquanto isso, James Hansen, o principal especialista em mudança climática da Nasa, denuncia uma tentativa do governo dos EUA de silenciá-lo. A campanha começou depois de um discurso proferido em dezembro passado, quando Hansen pediu a rápida redução na emissão dos gases estufa, relacionados ao aquecimento global. Segundo ele, diretores da Nasa deram ordem aos responsáveis pelas relações públicas do órgão para revisar os textos de suas futuras conferências, suas publicações no sítio do instituto na Internet e para controlar os pedidos de entrevistas de jornalistas. Há caminhos que podem ser trilhados se a humanidade realmente abrir os olhos para a questão. Uma série de ações voltadas ao fomento de fontes de energia renováveis, em um livro elaborado por 250 analistas internacionais, foi apresentada recentemente pelo diretor-executivo da Agência Internacional da Energia, Claude Mandil. Aparecem, entre elas, as energias produzidas pelo vento, o sol, as fontes geotérmicas e os oceanos. Ótimo, não? Não, se o raciocínio que só encontra sentido na produção otimizada e no lucro continuar reinando absoluto. Segundo o próprio Mandil, o grande problema de suas propostas é o custo econômico alto para trazê-las para a prática, o que, segundo diz, inviabiliza suas iniciativas e faz os governos se mostrarem reticentes a elas. Por que é que a gente é assim? Por que fechamos os olhos para estes alertas, apesar de estar claro que é apenas uma questão de tempo para as conseqüências nefastas de essas previsões começarem a afetar brutalmente nossas vidas e, principalmente, as vidas de nossos filhos e netos? Acho que a nossa espécie, apesar da capacidade relativamente bem desenvolvida de prever o futuro, é menos competente na hora de mudar suas atitudes, mesmo quando colocada contra a parede. Enquanto não superarmos esta limitação, não haverá espaço para a esperança.