quinta-feira, 28 de maio de 2009

Gripe suína: quais os sintomas e como prevenir?


A influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, causou mortes no México, Canadá e nos Estados Unidos, vem registrando milhares de casos ao redor do mundo e despertou o temor de uma pandemia. Segundo Celso Granato, assessor médico em Infectologia do Fleury, a confirmação dos primeiros casos da doença no Brasil não deve mudar o comportamento e os hábitos da população. "Já era esperado que o vírus chegasse aqui, pois o Brasil é um país aberto, que recebe muitas pessoas das áreas diretamente afetadas. Os casos confirmados e os suspeitos também estão sendo devidamente monitorados para evitar que o vírus se propague."


Com a chegada ao Brasil de testes para o diagnóstico específico da doença, o tempo para confirmação desse procedimento se reduzirá substancialmente, afirma Celso Granato. "Dessa forma, pacientes suspeitos da gripe suína, ainda não confirmados, poderão ser liberados mais rapidamente, não ocuparão leitos de hospital desnecessariamente e não terão de tomar o medicamento específico cuja disponiblidade é restrita." Granato ressalta que, se a pessoa fizer o exame que detecta a gripe comum e o resultado for negativo, não há chances de ela estar infectada pelo influenza A (H1N1) e, portanto, não será preciso se submeter ao teste específico da gripe suína. "Ela pode apresentar sintomas de um quadro gripal causado por outros vírus que, do ponto de vista clínico, têm uma apresentação muito semelhante à gripe.”
A gripe suína é uma forma de gripe que começa nos porcos e passa para o ser humano. O surto atual vem sendo causado por um vírus composto por segmentos dos genes humano, da ave e do porco, com alto grau de letalidade. É a primeira vez que esta combinação genética ocorre e, por isso, ainda não há vacina contra a doença.
“A gripe suína se parece com a gripe normal. O indivíduo tem dor de cabeça, dores musculares e nas juntas, ardor nos olhos, febre acima de 38ºC e início abrupto. Parte das pessoas que foram contamindas com o vírus no México tiveram diarréia, isso não é muito comum na gripe, mas pode acontecer”, explica Granato. Como o contágio da gripe suína é feito, como nas outras formas da doença, por meio de gotículas de saliva, a prevenção, segundo o infectologista, segue a mesma regra geral indicada para evitar o contágio da gripe comum: evitar o contato muito próximo de pessoas doentes. "Postergar viagens ao México é recomendável, pois há informações de que todos os estados daquele país têm casos registrados. Se não for possível, evite aglomerações de pessoas.”
Ainda não há uma vacina contra a gripe suína. “Coincidentemente, está em curso no Brasil uma campanha nacional de vacinação que não vai proteger contra esse tipo de gripe suína, mas isso não é o mais importante neste momento. Essa vacina vai proteger contra várias outras formas de gripe de vírus que estão circulando pelo mundo e que têm mais chances de acontecer agora. As pessoas, portanto, devem continuar o seu planejamento de vacinação”, aconselha o infectologista.

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